«Os carros mal estacionados, em todos os sítios e mais alguns, dão uma má imagem à Universidade»

Paulo Alexandre Pelotas Teixeira nasceu e sempre viveu em Vila Real. Desde muito novo inclinou-se para a música e foi a “alma” de vários grupos musicais. Hoje, nas noites em que pode, toca em bares e anima festas e bailes. Na UTAD, trabalha há 23 anos no Departamento de Serviços Financeiros e Patrimoniais, percorrendo diariamente todos os cantos da Universidade, na distribuição das encomendas que chegam para os vários departamentos, serviços e laboratórios. Muito conhecido e respeitado pela sua simpatia e eficiência, é merecedor de ocupar este espaço da Newsletter.


Fale um pouco de si, como começou a sua história.

Sou de Vila Real, onde sempre vivi. Quanto aos meus estudos, estudei até ao 10º ano, pois desde muito novo comecei a pensar na música e isso afetou-me nos estudos. Desde muito pequenino só me inclinava para a música, a ver concertos, e ouvir música e a tocar. Nunca frequentei qualquer escola de música, toco só por ouvido. Aprendi e ganhei o gosto vendo os outros grupos a tocar, em especial um grupo que havia no meu barro chamado “Feeling”. Desde muito novo comecei a ver os ensaios deles e sempre que podia ia lá tocar bateria. Até que, tempos mais tarde, tive um grupo e assim foi a minha vida, sempre a tocar músicas de baile. Entretanto, deixei os estudos e trabalhei nalgumas empresas. Trabalhei na fábrica dos diamantes, mas como vejo mal de uma vista e aquilo afetava-me muito a vista, tive de sair de lá. Estive também numa empresa de elevadores, depois numa outra chamada Mar Ibérica de peixe congelado perto de Sabrosa, depois numa de mel chamada Melnorte. Mais tarde vim trabalhar para a Universidade, pois um amigo meu falou-me que havia cá vaga, e inscrevi-me. E ele, passados dois anos, saiu de onde eu estou agora, que é o Armazém, e eu fiquei, já lá vão 23 anos.

Na UTAD, o que faz em concreto?

Trabalho no Armazém. Foi onde comecei e é onde estou. Primeiro estive com a parte da informática, para isso fiz formação na área da aplicação informática, depois fiquei também com a parte administrativa e agora faço de tudo: a parte da informática, a administrativa e distribuição. Distribuo todo o material que vem, tanto material de stock como de informática, limpeza, didático, e todos os materiais de apoio às aulas, químicos, máquinas, impressoras, tudo.

Do que mais gosta na sua atividade?

Do que mais gosto naquilo que faço é a liberdade que tenho para percorrer a Universidade toda, não ter de estar fechado o dia todo. Isso permite-me conhecer tudo, os edifícios, as pessoas. Conheço quase toda a gente, docentes, funcionários, sou respeitado por eles, pois procuro ser eficiente e eles precisam de mim e sabem que estou sempre pronto.

E do que gosta mais na UTAD?

Gosto do nosso campus. Todo ele é bonito de se ver. Tudo muito bem tratado, a relva, as árvores. E eu, que ando de um lado para o outro, sinto um grande prazer de ver tudo muito bem tratado, tanto na parte agrícola como de jardins. E é por isso que estou sempre a encontrar muita gente a tirar fotografias.

Fale-nos agora sobre o que faz fora da UTAD.

Paulo Teixeira
Foto: Pedro Guedes

Desde muito novo, com 15 ou 16 anos, comecei a tocar em grupos musicais, grupos de baile. E nunca deixei de tocar. Ainda agora toco, com outro colega, pois temos um duo, e tocamos em bares. Concilio com o trabalho na UTAD, pois toco à noite e aos fins de semana ou nas férias.

Às vezes é cansativo, quando de manhã tenho de vir trabalhar, mas sempre consigo. Já tive muitas bandas. Toquei numa chamada “Neon”, depois nos “Dogma”, “Nova Época”, “Feeling”, “Bandarte” que era um grupo de Chaves, “Ómega”, “Delito Comum”, “Adágio”… Tocava bateria e agora toco percussão.

Pode indicar-nos uma ideia para uma UTAD melhor?

O que me afeta muito é o trânsito, especialmente os estacionamentos. Os carros mal estacionados, em todos os sítios e mais alguns, dão uma má imagem à Universidade. E quando eu preciso de estacionar a carrinha para descarregar material, tudo isso estorva, mas estorva a toda a gente, e mais aos autocarros. Depois, há também o pavimento que em certos sítios tem muitos buracos. Para quem tem um campus tão bonito como nós, acho que isso fica mal. Devia haver mais parques de estacionamento.

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Entrevista: Produção de conteúdos GCI – Gabinete de Comunicação e Imagem
Fotos: José Paulo Santos | GCI – Gabinete de Comunicação e Imagem